Acordamos bem cedo e logo depois de tomarmos café saímos em direção a Salvador, Bahia.
Seguindo a orientação do mapa impresso que vinha junto com o guia quatro rodas, que por sinal era muito útil e utilizado na época, estávamos prontas para seguir viagem.
Segura de que tudo estava bem, combustível, pneus, etc… seguimos ouvindo a fita com a música do Chitãozinho e Xororó, “Pé na estrada, lá vamos nós outra vez…”
Já havíamos rodado muitos quilômetros quando paramos em um posto para abastecer, tomar café e dar uma verificada nos pneus.
Antes de sair para a estrada, olhei novamente o mapa e não reconheci o trecho onde estávamos, diante de nós a estrada apresentava uma bifurcação e resolvi me orientar perguntando ao frentista que caminho tomar.
Ele foi muito gentil e atencioso, e enquanto falava comigo me surpreendi lembrando do meu pai e um sentimento de conforto me invadiu. Fisicamente ele não era em nada parecido com meu pai, mas talvez a forma dele falar tenha causado aquele sentimento, pensei.
Envolvida ainda naquela sensação, segui pela estrada a esquerda da bifurcação.
A medida que avançávamos, a estrada ia ficando mais difícil e desconhecida para mim.
Eu já havia ido a Salvador várias vezes e estava cada vez mais convencida de que nunca havia andado por aquela estrada.
Estávamos quase sem combustível e para completar não havíamos encontrado nenhum posto e nem mesmo um lugar para nós informar.
Já estava começando a me preocupar quando a noite chegou, e para meu alívio vi um pequeno posto onde paramos, abastecemos, tomamos um café requentado e horrível, e soubemos que estávamos em uma estrada diferente, fora do caminho convencional, mas em direção a Bahia.