Deitei na cama me sentindo confortável e foi uma das poucas vezes que dormi sem conseguir terminar uma oração.
Estava sonhando com alguma coisa suave quando ouvi um som insistente, demorei para perceber que era o telefone na cabeceira, atendi sonolenta e o rapaz da recepção me avisou que o alarme do meu carro havia acionado.
Ainda meio sem entender sai na porta e desliguei fazendo o barulho parar.
Voltei para dentro do quarto e para a cama.
Mal havia fechado os olhos e o alarme do carro novamente começou a tocar.
Fiz todo o movimento novamente, fui até a porta, desliguei e voltei para a cama.
Desta vez fiquei atenta, e bastou que eu terminasse a oração de Santa Catarina para que o alarme tocasse novamente.
Quando do voltei para o quarto depois de desligar o alarme pela terceira vez fui ver as horas, era meio dia.
Entendi que alguém estava me dizendo que era hora de seguir viagem.
Acordei a Madalena, tomamos banho, almoçamos no hotel e depois dos últimos acontecimentos sabíamos que esta não era uma viagem comum, e que não estávamos no controle.
Meu carro era um Fiat Uno vermelho, mas estava marrom de tanta poeira e lama que havíamos pego no caminho.
Com a ajuda de uma mangueira que estava no jardim do hotel, joguei um pouco de água para limpar os vidros e seguimos pela estrada em direção a Juazeiro da Bahia…