O Márcio e a Juliana comunicaram que iriam se casar.
A mãe dele tentou fazer com que mudassem de ideia, mas não conseguiu e assim eles se casaram.
Foram duas grandes festas, uma em São Paulo onde se casaram no civil, e a outra na chácara em estilo cigano.
Foi mágico, ele chegou montado no Ventania vestido com roupas ciganas, e em seguida ela chegou conduzida em uma charrete toda enfeitada com flores e puxada por um cavalo branco chamado Brisa
Tanto a chegada dele como a dela, surgindo da escuridão da noite para a luz da fogueira, dava a impressão que estávamos em outro tempo.
Foi lindo e emocionante.
Quando comprei a chácara não tinha muito movimento naquela região, mas como nós passamos a movimentar aquela área, outras pessoas sentiram-se atraídas, e em pouco tempo várias casas surgiram ao redor. Não demorou muito para a vizinhança começar a implicar com nossos cursos, tambores etc…
Certo dia, bem no finalzinho da tarde, um homem jovem procurou por mim.
Disse que queria me conhecer e saber das nossas atividades naquele lugar. O convidei para entrar e fiquei sabendo que ele era o delegado da cidade de Piracaia, havia recebido reclamações sobre nós, disseram que éramos uma seita e que éramos barulhentos.
A Aline estava fazendo sopa e a Mirtes galinhada, e ele foi convidado a experimentar. Enfim, o delegado ficou, tomou sopa, comeu galinhada e ficou um tempo grande conosco, conversamos muito e ele se tornou nosso amigo.
Chegou até a participar de algumas giras da Jerusa na linha de Umbanda, ele dizia que tinha vontade de se tornar ogan e tocar atabaque.
Foi bom, tivemos longas conversa ao lado do pé de siriguela…