Nos reunimos na Ordem e comuniquei que havia encontrado nosso cantinho nas montanhas.
Pude presenciar várias reações dos meus filhos espirituais. Alguns ficaram empolgados, outros temerosos e também havia os que não estavam querendo se envolver.
Enfim, levantamos a possibilidade da compra ser dividida entre nós, mas vimos por conta do que acabei de relatar que isso seria impossível. Eram poucos os que estavam abraçando meu sonho, e ainda com o agravante de que esses não podiam contribuir com muita coisa financeiramente.
Um dos afiliados que era advogado, deu a ideia de fazermos a distribuição por quotas (fração ideal).
Cada um compraria quantas cotas pudesse, e assim, contribuiria com a compra do sítio e teria garantido o lugar para um dia construir sua casa.
Apesar de apenas uma minoria ficar empolgada com a idéia, foi um verdadeiro alvoroço.
Ao final da reunião, ficou combinado que o advogado iria analisar a melhor forma de implantarmos esse processo legalmente e marcamos uma nova data para continuarmos discutindo o assunto.
Enquanto isso, cada um iria analisar suas condições financeiras para ver como poderia participar sem se prejudicar.
Na reunião seguinte concluímos que: mesmo com a divisão, o número de cotas que conseguiríamos vender dentro do grupo não dava para comprar o sítio.
Cada cota ficou estipulada em um valor de dois mil reais, conseguiríamos entre nós um valor total de dezoito mil reais e o sítio custava duzentos e oitenta mil.
Financeiramente seria inviável, mas meu sonho e meu desejo eram fortes demais para desanimar, assim completei a diferença vendendo a chácara e levantando um empréstimo no banco.
Estava resolvido, ficaríamos com o sítio e depois iríamos resolvendo o que aparecesse pela frente.
Foram nove pessoas envolvidas e outras tantas criticando e até mesmo torcendo para que não desse certo. Mas quem assumiu o sonho comigo estava firme e investindo os dois mil reais como combinado.
Já eu, estava investindo muito mais do que os duzentos e oitenta mil das terras, estava investindo minha vida e tinha plena consciência disso…