Depois que assinei o compromisso de compra e venda das terras, o Gambelli que era o nosso advogado e fez o planejamento das cotas, redigiu um outro documento, onde as frações foram disponibilizadas para aqueles que haviam contribuído com os dois mil reais parcelados em dez vezes.
De fato, não seria nada fácil a nossa empreitada e eu sabia disso, mas não desanimava.
Combinamos de irmos no final de semana seguinte para que todos pudessem conhecer o nosso cantinho na montanha, e enfrentando as mesmas dificuldades da primeira vez, chegamos na casinha sede.
Como eu já havia prevenido sobre o mato alto, a Mirtes e a Li Honorato levaram facões, os quais juntamente com a foice que eu havia levado, ajudou a abrir caminho para passarmos. Éramos pioneiros abrindo caminho para nós mesmos, mas também para os que viriam depois.
Estavam junto comigo dessa vez a mamãe, a Florisa, Juliana, Márcio, Osmar, Tuco, Carol, Mirtes, Vig, Gambelli, Roberta, Li Honorato, o João e o Betão, talvez tivesse mais alguém no grupo, mas são desses que me lembro agora.
Fomos abrindo o mato em volta da casinha e descobrimos que era um charco, e o que para a maioria deles viria a ser um problema, pra mim foi uma alegria, já que era um sinal de que havia mina de água por ali.
Fizemos uma caminhada por todo sítio e fomos marcando os lugares onde faríamos divisa com os vizinhos, e mesmo aqueles que duvidavam daquele projeto e que não se envolveram, estavam empolgados abrindo o mato.
Essa era nossa terra e estávamos muito felizes…