O Daniel e a Ana, fizeram um curso de hidroponia (método de cultivar verduras sem utilizar a terra, apenas água corrente com nutrientes) e passaram a cultivar com a intenção de comercializar para restaurantes.
O espaço utilizado era onde hoje é a casa de convivência, e foi montada uma estrutura que era composta de canaletas de irrigação, construídas com bambus e canos de PVC.
A Ana fazia uma lasanha maravilhosa e volta e meia pedíamos para ela fazer. Ela sempre sorrindo procurava nos agradar, assim, era comum nos reunirmos na barraca deles para saborearmos a “lasanha da Ana”.
Para aumentar a renda o Daniel comprou um caminhão basculante e passou a fazer transporte de areia.
Num início de noite estávamos no acampamento, quando vimos um lobo guará correndo morro acima justamente na hora em que o o Daniel chegava com o caminhão, um na direção do outro.
Começamos a fazer sinal com a lanterna para o Daniel e como ele não entendia o sinal, parou e desceu do caminhão.
Ficamos preocupados porque não sabíamos se o lobo poderia ataca-lo e começamos a gritar pedindo para ele voltar para dentro do caminhão.
Como ele não estava entendendo nada, foi caminhando para dentro do mato onde havíamos visto o lobo entrar, quanto mais gritávamos mais ele entrava no mato.
Como não estava conseguindo entender o que ocorria, veio em nossa direção correndo pelo meio do matagal caindo e levantando.
Quando chegou estava sem fôlego e contamos a ele sobre o lobo.
Com nossa preocupação e atitude impensada, quase provocamos um acidente, ele poderia ter quebrado um braço ou perna.
Um pouco mais tarde, em volta da fogueira, rimos muito da situação.
O caminhão ficou exatamente no mesmo lugar até o dia seguinte, ninguém queria se arriscar a encontrar o lobo…