Em uma das nossas reuniões de estudo, a Jerusa disse que iria no final do ano seguinte abrir as portas da Ordem e dos cursos para todos que desejassem.
Foi uma surpresa geral, visto que até então, as pessoas para vir se consultar precisavam de um responsável pela indicação e para os cursos então era ainda mais fechado.
Foi um alvoroço, alguns não queriam porque achavam que abrindo para mais pessoas a Jerusa perderia o controle, outros simplesmente por posse não queriam receber mais ninguém e alguns achavam que como estava, estava bom.
A Jerusa então explicou que a Ordem tinha um compromisso cármico de nesta vida. Promover o encontro de várias pessoas que haviam vivido outras vidas junto, além de retomar o conhecimento e a convivência com a Ordem, que teve ao longo das encarnações vários nomes.
A Jerusa deu as explicações que achou conveniente naquele momento e deixou que o alvoroço, fofocas e críticas acontecessem até esgotar.
Ela não pensava em tirar dos seus filhos de alma o direito de resistir a uma idéia nova, mas também não deixaria de implantar essa “abertura” no momento certo. Foi então que comunicou que a mudança iria acontecer no ano seguinte, estávamos em Fevereiro, ou seja, teríamos quase dois anos para preparar um espaço físico maior dentro do sítio, e também para conversarmos muito para que absorvessem a novidade e parassem de rejeita-la.
Fiz um projeto (o que hoje é o rancho) e pensei em uma maneira viabiliza-lo.
No grupo só tínhamos uma pessoa com dinheiro suficiente, era um rapaz lindo que estava formando uma dupla sertaneja e queria investir na carreira.
Ele me propôs fazer uma sociedade na construção do rancho, sugeriu que quando não estivesse sendo utilizado para os cursos fosse alugado, e com a renda eu iria pagando o valor que ele investiria. Não pensei duas vezes, fizemos um contrato, assinamos com testemunhas e demos início a construção do rancho.
Entendi que era a única saída naquele momento…