Nossa estrada ainda era bem difícil e precária, principalmente quando chovia. Tínhamos que colocar corrente nas rodas dos carros para subir o morro, ou então, deixar o carro no sítio Sol Nascente ou na curva do sítio do Sr. Olegário e subir a pé.
Como havia aumentado o número de pessoas nos cursos, me sentia responsável pelas estradas.
Certo dia conversando com o Osmar, ele deu a ideia de fabricarmos os bloquetes ali mesmo no sítio, e com eles ir calçando a estrada que vinha pelo lado do Sr. Olegário. Calçaríamos apenar os morros e assim ninguém iria ficar sem chegar no rancho.
Compramos moldes, mesas para vibrar os bloquetes e material como areia, pedra, cimento, etc…
Contratamos mais duas pessoas e demos início a fabricação dos bloquetes.
Como não tínhamos experiência, os primeiros se desfaziam com facilidade quando o carro passava. Resolvemos então que seriam separados para serem usados dentro da comunidade em locais onde não teríamos peso passando por eles (por exemplo, aqueles em volta da casinha sede, que foram assentados por mim com minhas próprias mãos).
Depois de um tempo, já havíamos aprendido como fazer bloquetes com qualidade e com muita dificuldade, mas também com muita alegria. Foi quando demos início ao calçamento da estrada.
Até hoje o calçamento resiste, mesmo com os caminhões pesados de madeira passando por ali.
Hoje também temos ajuda da prefeitura para a manutenção das estradas e até de um dos vizinhos (clareando), o que na época não tivemos.
Depois de calçarmos a estrada, continuamos a fabricar os bloquetes e calçar as estradas internas que julgávamos ser prioridade.
Acho importante dizer que estes gastos foram a partir de recursos conseguido com venda de algumas cotas. Nunca foi feito rateio para estas melhorias…