Passei por três oncologistas do plano e cada um pediu um exame diferente e eu fiz todos. Cada um destes médicos me deixou mais insegura em função de não serem claros sobre o tratamento. O último me confessou que no meu caso era difícil um tratamento e que os médicos anteriores deviam ter ficado como ele sem saber o que fazer.
Em função da situação comecei a estruturar a Ordem para seguir sem a minha presença.
Criei quatro conselhos, onde os quatro se comunicavam, preparei os mestres para dar as aulas e enfim muitas reuniões e muita conversa.
E meus filhos? Deus! Como foram fortes, presentes o tempo todo.
Sei que choraram e se preocuparam muito, mas na minha frente eram sempre firmes. Prontos para o que precisasse.
O Osmar mudou o comportamento e passou a ficar distante de mim, entendi que ele não estava suportando me ver doente e por isto o novo comportamento. Assim consegui compreender e não cobrar.
Na Ordem era um alvoroço e fiquei sabendo que tinha pessoas até apostando na minha morte.
Alguns se firmaram e ficaram muito mais próximos e disponíveis para o que precisasse, outros ao contrário, se afastaram inclusive da Ordem por achar que tudo ia desabar. Pessoas que ocupavam posição de liderança inclusive, talvez por medo, abandonaram a Ordem e as pessoas.
Era um momento muito delicado e eu precisava estar presente fisicamente para que soubessem que ainda estava no comando, apesar das dores horrorosas que sentia.
A luta na busca de um médico que trouxesse uma esperança, algum tratamento, continuava.
No final de semana no curso senti uma dor forte no rim esquerdo, a qual evoluiu para uma febre, calafrios e não tendo condições de suportar a Juliana me levou ao hospital e me internaram.
Alguns exames e concluíram que eu estava com infecção na urina e alguns cálculos nos dois rins.
Depois de alguns dias tive alta, a infecção controlada e a recomendação de procurar um especialista…