Durante todo o tempo que fiquei no isolamento, fiquei sem notícias da Ordem.
Na minha volta fui surpreendida com a saída de pessoas importantes, as quais ocupavam também funções importantes.
Foi preciso uma reorganização e as pessoas que ficaram no Primeiro Conselho, são as leais que ocupam com grandeza o lugar.
Meus cabelos estavam crescendo e de maneira surpreendente super enrolados e com algumas mechas completamente pretas.
Eu desinchei, mostrando o que ficara no meu corpo. Os músculos sumiram e a pele balançava como cortina em volta dos ossos.
Andava com dificuldade e as pessoas precisavam tomar cuidado para não me abraçar apertado. Mesmo assim, fui aos poucos voltando aos cursos.
Uma vez por mês eu ia ao Hospital do Câncer tomar uma quimio, a qual nos primeiros momentos da aplicação me deixava confusa e por isto, não podia estar sozinha.
Eu sempre tinha a Patrícia comigo.
O processo desde a descoberta do câncer já tinha dois anos e eu continuava viva e podendo de maneira precária realizar muitas coisas.
Foi então que resolvi colocar em prática a ideia que surgira enquanto peregrinava pelos hospitais e laboratórios.
Criar um grupo de ajuda psicológica e espiritual para os casos de doenças graves e seus familiares…