A festa aconteceu no quintal da casa da Dona Maria.
A minha minúscula casa serviu apenas de apoio, porque de tão pequena, para entrar mais de quatro pessoas alguém tinha que sair, literalmente.
Eu estava muito feliz e a Neném também. Estávamos recebendo amigos, colegas de trabalho, meus e dela e parte da família que morava em São Paulo.
A família que morava fora, minha mãe e meus irmãos, só souberam quando fomos visitá-los e contamos, enfim uma experiência nova para nós duas.
Quando a Dida chegou, desceu da Kombi da tapeçaria com uma girafa enorme de pelúcia nos braços e um sorriso no rosto. Ela chegara e para mim, a festa estava completa.
Dançamos, cantamos, comemos e até atendendo a alguns pedidos tocamos violão e cantamos como dupla.
Próximo as dez horas da noite começou a garoar e a festa terminou.
Sobrou muita comida e distribuímos pelas geladeiras da Dona Maria, Dolis e até da Tia Madalena. As bebidas, guardamos em baixo da pia da pequena cozinha, nunca tínhamos vivido tanta fartura.
Ficamos no final conversando e relembrando cada detalhe, a festa havia sido para nós duas e sabíamos disso, tão verdadeiramente que absorvemos tudo com muito carinho e união.
Jamais esquecerei a festa da minha maior idade e do amor da Dida…