O Amauri desde que eu o conhecera, se mostrara uma pessoa de muito bom humor, e a atitude dele nesta situação só confirmara, além do bom humor ele era irreverente.
Seguiu pela Rua da Mooca e ao passar por um prédio de dois andares apontou, explicando que seu amigo Tinho, tinha um escritório de contabilidade ali. Na parede em letras amarelas estava escrito o nome da loja de parafusos que havia na parte de baixo “O Rei do Parafuso”.
Ele me levou a uma pizzaria e se surpreendeu por eu não conseguir comer um pedaço de pizza inteiro.
Conversamos sobre muitas coisas, algumas histórias de vida sérias, mas sempre em meio a alegria e bom humor.
Ele contou que estava estudando agrimensura mas que fabricava flores de tecido, e que o diploma seria apenas um presente para os pais.
Depois de muito tempo de conversa, no caminho de volta para casa, combinamos de sairmos mais vezes, e quando chegamos ao portão ele me beijou, eu disse que beijo era coisa de namorado, e ele surpreso perguntou se não éramos namorados.
Quando questionei o fato dele não ter me pedido em namoro, novamente me surpreendeu dizendo:
– Quanta frescura! O que foi que eu disse para minha mãe.
Entendi então que ele era assim, e que a brincadeira que fizera com a mãe, eu deveria considerar como um pedido de namoro.
Voltei para casa um pouco confusa na minha ingenuidade, mas dizendo para a Neném que eu estava namorando……