A La Papaverina estava indo muito bem, vendíamos muito, a ponto de precisar contratar mais uma funcionária.
A Ana Maria passou a ter um cargo de gerente, e eu ficava indo e vindo entre a fabrica e a loja.
O meu tempo era dedicado na maior parte para a loja, mas não deixava de estar sempre a disposição da Dona Odila.
Em pouco tempo percebemos que precisaríamos de mais espaço. Como ainda não havia sido alugada a porta ao lado, a parede que fora construída foi demolida, assim a loja passou a utilizar o espaço todo, tendo em seu endereço dois números, Rua da Mooca, 3225/27.
Que orgulho ao ver que as pessoas, olhavam para dentro da loja através da porta de vidro que colocamos na esquina. Estava ainda mais linda!
Minha vida seguia agitada entre trabalho,loja e fábrica e aos finais de semana programações de cinema, teatro e jantares com os amigos do Amauri, que se tornaram também meus amigos.
A cada seis meses ia visitar minha família em Marília, e no final do ano ia até Ivaiporã no Paraná ver a Florisa, o Rolando, as crianças, Dona Alzira, o Biba, enfim, a outra parte da família.
Conhecera o Amauri quando tínhamos dezoito anos e já estava com vinte, próximo dos vinte e um.
A convivência durante esse tempo nos aproximara, nos tornando amigos, parceiros.
Nos entendíamos de maneira que não encontrávamos motivo para desentendimento ou brigas.
A mamãe estava feliz com sua missão como mãe. O Nino, a Florisa e a Neném já casaram, agora só falta a Zinha casar dizia.
Naquele tempo, era fundamental que os filhos casassem, principalmente filhas.
Ela estava namorando o Gerson novamente, meio que escondido por conta do que eu e a Neném havíamos feito tempos atrás como represália, por não concordarmos.
Não pensávamos mais daquela maneira, mas acho que a traumatizamos…