Passei a ter uma retirada dos lucros da loja e não mais um salário como a Ana Maria.
O Sr. Angelo brigou, gritou e protestou de diversas maneiras contra a minha retirada, mas com a minha posição como sócia e o futuro casamento, não houve jeito, e ele acabou se rendendo.
Assim sendo, começamos a procurar uma casa para comprar.
Teríamos tempo para preparar tudo. Combinamos que a Dona Odila daria o valor da entrada, eu com minha retirada compraria armários e móveis, e eu e o Amauri juntaríamos nossa renda para pagar as prestações.
E assim, mais um sonho estava próximo de se realizar, o sonho da casa própria.
Desde que o papai nos deixara, nossas casas haviam sido alugadas e ruins em função das dificuldades financeiras.
Quando a Nenem se casou com o Filemar, pudemos ter casas melhores, mas continuávamos morando com eles, aliás até aquele momento, eu ainda morava com eles.
Este fato È que me possibilitava guardar dinheiro, ele era como um irm„o querido, que cuidava de mim e da Nenem.
Estávamos ainda morando na Rua Ipanema no Brás, quando a Nenem deu a notícia que estava grávida.
A felicidade que vivíamos aumentou com a gravidez, e o Filemar comunicou que estava pensando em encontrar uma forma de trabalhar viajando menos, para poder curtir a família.