O caminho para chegar ao camping passava pela praia, e já de longe avistamos a grande caixa d’água em branco e preto, com o simbolo do camping clube do Brasil.
O Amauri não gostava de muitas demonstrações de sentimentos, emoções, e por isso guardei para mim, a emoção que surgiu em meu peito.
O camping era bastante organizado, tinha lugares reservados para os trailers, para as barracas, tudo com extensão de luz e água. Além de uma área bem ampla com uma cantina, onde eram servidas as refeições.
Tudo era muito limpo, as áreas gramadas bem aparadas, surpreendente.
O Amauri nos registrou na administração e recebemos autorização para entrar e procurar um local para montarmos nossa barraca.
Escolhemos um lugar em baixo de uma árvore, assim teríamos sombra em boa parte do dia, foi recomendação de um campista veterano, que ao ver que era nossa primeira experiência ofereceu ajuda, a qual aceitamos prontamente.
Ao olharmos as instruções de como montar a barraca, vimos que nossa escolha não havia sido a melhor.
O nosso colaborador não desanimou, mas também concordou que era um trabalho difícil, visto que além de grande, a barraca era meio arredondada e meio quadrada, assim sem personalidade, estranha mesmo.
Com dificuldade fomos encontrando as ferragens que se encaixavam, posicionando-as de maneira que os passos seguintes seriam, pendurar os quartos, colocar a lona sobreposta, puxar os cordões e prender nos espeques.
O que deveria ser simples, demorou horas.
Surpreendentemente eu me sai melhor que o Amauri, ele atrapalhou bastante e reconheceu este fato, achando bom, assim da próxima vez eu faria a montagem com a ajuda de alguém, enquanto ele tomaria cerveja, disse rindo da situação.
Eu também ri bastante, agradeci ao vizinho e continuamos, eu e o Amauri, a montar os objetos dentro da barraca.
Ele encheu o colchão de ar, enquanto eu colocava o fogão, mesa, panelas, enfim, tudo no lugar.
Quando tudo ficou pronto, até flores decorando o ambiente eu havia colocado, já era fim de tarde, havíamos demorado muito na montagem, então resolvemos tomar um banho no banheiro comunitário (que por sinal era muito bom e limpo) e em seguida fomos caminhar pela praia.
Conversamos sobre as dificuldades encontradas, sobre o mundo de possibilidades e tudo que poderíamos melhorar da próxima vez…