Não queríamos ter uma cerimônia da maneira tradicional, e assim resolvemos que eu não me casaria de branco.
Isso causou um grande desconforto para a Dona Odila, já que na época, a noiva que não usasse branco envergonhava a família, pois estaria assumindo que não era mais virgem.
O mal-estar foi tão grande, que desistimos do colorido, e resolvi que pensaria em alguma outra coisa.
Perguntei ao Amauri o que ele achava de eu casar de micro saia e ele adorou a idéia, seria branco porém micro.
A Dona Odila conversando com a tia Norma contou sobre o vestido de noiva micro, ela particularmente achou que não teria nada de mais me vestir daquela maneira, mas aconselhou que consultássemos o padre, e fomos vetados novamente, de saia curta a igreja não autorizava.
Como no cartório não haveria problemas com meu traje, resolvi que no casamento civil usaria micro saia e me contentei.
Finalmente consegui resolver o vestido para o religioso.
Seria com pouca roda, branco, porem com margaridas cor de laranja aplicada em toda sua volta na parte de baixo, próximo a barra.
Queria um laranja bem forte e com as margaridas grandes, sendo que a medida que subiam iam diminuindo de tamanho e cor, até chegar acima da cintura pequeninas e brancas.
Na cabeça usaria o véu, porem preso a um chapéu de abas largas, e assim, agradaria a todos e a mim também.
Convidamos os filhos das tias, o Rolandinho e a Jaqueline para formarem casais, que entrariam na nossa frente pelo corredor da igrejae a roupa deles seria em tons de laranja.
Depois de tudo resolvido, eu e a Florisa colocaríamos mãos a obra, já que tudo isso seria feito por nós, inclusive os trajes das madrinhas.
Os convites foram feitos em papel vegetal branco, um luxo naquela época.
A Nenem estava grávida novamente e muito feliz, apesar de o André ser ainda um bebê. Foi um período tão cheio de novidades, que os meses passavam rapidamente, parecendo que não teríamos tempo para tudo que seria feito, tinha ainda o trabalho na loja e na fabrica, que nem o Amauri e nem eu descuidamos….