Vou atender ao pedido de algumas pessoas e registrar aqui, a canção de ninar que eu cantava para a Juliana, e também uma das tantas do Amauri.
A minha:
Na noite escura, sabe o que eu vi….
Grilo cantando, cri cri cri cri….
Grilo grilinho, vem até aqui….
Aqui pertinho, fazer cri cri….
No meu bercinho, pode subir…
E aqui pertinho, fazer cri cri….
Uma das canções do Amauri:
Eu estava jogando sinuca,
Uma nega maluca,
Me apareceu.
Trazia um menino no colo,
Dizendo para o povo,
Que o filho era meu…….
O Filemar estava indo muito bem com a fabrica de bijuterias, as vendas haviam aumentado e foi preciso ampliar a produção.
Uma vez por mês pelo menos, ele ou a Neném vinham a São Paulo comprar material para a fabricação.
Quando era a vez da Neném, ela trazia os meninos e aproveitávamos para ficar juntas e reunir as crianças.
Em frente ao sobrado em que eu morava na Rua Ribeirão Branco, desocupou uma casa e o Filemar a alugou para quando precisavam vir a São Paulo.
Fiquei muito feliz, era como se estivessem novamente morando na minha rua.
Sempre que estavam em São Paulo eu levava as crianças para ficar comigo, dormiam na minha casa, o André ajudava cuidar da Juliana e se sentia importante fazendo isso.
Eu e a Neném continuávamos muito unidas.
Era difícil para nós estarmos juntas nas festas de natal e ano novo. Éramos casadas, tínhamos nossas famílias, que por sua vez também tinham suas famílias, então combinamos que a páscoa seria sempre nossa.
Assim, nos encontrávamos todo ano na páscoa, reunindo e celebrando todos os momentos importantes de nossas vidas.
Eu continuava cuidando da Juliana de maneira exagerada, tinha que fazer um imenso esforço para deixar que outras pessoas cuidassem dela.Era como se eu fosse a única capaz.
Eu permitia que me auxiliassem mas era sofrido e ficava conferindo se a forma que realizavam, era do jeito que eu achava ser o certo.
Só com a Neném eu relaxava um pouco e sofria menos, mas nem com ela ficava totalmente tranquila….