A Lenise e o Carlito, que eram os padrinhos da Juliana, vieram a São Paulo para o batismo.
Precisaram vir uma semana antes, já que a Igreja Bom Conselho da Mooca, onde havíamos marcado o batismo, exigia que se fizesse o “curso para padrinhos”.
O Amauri, lembrando do quanto fora chato o cursinho para o nosso casamento, ficou inconformado ao receber a notícia. Mas ficou mais inconformado ainda, quando eu disse que os pais teriam que participar também.
Quando o Carlito chegou, foi a primeira coisa que o Amauri contou, quase se desculpando com o compadre.
A Lenise disse que não se importava, que faríamos o cursinho juntos e isso seria até divertido, visto que gostávamos de estar juntos.
E de fato, foi uma semana muito agradável.
A presença daquelas pessoas em nossas vidas tinha sabor de verão. Acampamento, liberdade, felicidade, trazia de volta tudo de bom que havíamos vivido juntos.
Chegou o Domingo, vesti a minha filhinha com o vestido que a Lenise trouxera de presente. Branco, com algumas partes plissadas e mangas franzidas, meias de renda também brancas e para completar, sapatinhos de tecido branco.
Olhei para ela, parecia uma boneca, a minha boneca.
Agradeci a Deus, e orgulhosa peguei-a no colo seguindo para o carro juntamente com o Amauri e a Lenise.
Ao entrar na igreja fui tomada pela lembrança da minha infância, refleti sobre o caminho que percorrera até aquele momento e novamente agradeci a Deus, enquanto era invadida por um amor divino e incondicional pela vida….