Minha vida era intensa, mas eu sentia falta de praticar minha fé em algum lugar.
Na Ordem Rosa Cruz, eu estudava de maneira solitária, e como não era permitido crianças nos encontros no período da noite, ficava impossível eu frequentar.
Numa tarde, estava na loja da Rua da Mooca quando fui chamada para atender o telefone, era a Florisa, as dores de cabeça do Rolandinho haviam piorado.
O médico que cuidava dele recomendará que fosse levado a São Paulo para realizar alguns exames, visto que na cidade de Marília isso não seria possível, no mesmo dia peguei a estrada em direção a cidade de Marília.
No dia seguinte, já estávamos retornando pela Rodovia Castelo Branco. Eu, Florisa, o Rolandinho e a Juliana que havia ido comigo.
O Arnaldo mais uma vez ajudou a marcar a consulta com urgência, e no dia lá estávamos.
O médico pediu vários exames que levariam algum tempo para serem comcluídos.
Diante deste fato e de acordo com o Rolando, a Florisa veio com a Jaqueline morar na casa que a Nenem e o Filmar mantinham em frente à minha.
Durante todo o processo de mudança da Florisa, o Rolandinho ficou na minha casa.
Ele tinha fortes dores de cabeça que o obrigava a ficar deitado e no escuro.
Eram raras as vezes em que ele estava bem. Numa destas vezes, ele sentou ao meu lado diante da tv.
Estava passando um programa de humor e percebi que ele ria apenas quando eu ria. Estranhei e ri num momento que não tinha graça nenhuma, ele riu alto.
Em choque, peguei uma revista e coloquei diante do rosto dele de maneira que ele não pudesse ver a tv. Ri novamente e a mesma atitude foi repetida por ele.
Com lágrima nos olhos constatei que ele estava cego e estava escondendo o fato……