A mamãe precisou ir à cidade de Marília assinar alguns documentos, não me lembro mais do que se tratava.
Nos dias em que ela esteve viajando, levei as crianças e a babá todos os dias para São Paulo.
Enquanto eu trabalhava, eles ficavam aos cuidados da babá e das funcionárias da loja, no final da tarde punha todos no carro e lá íamos nós pela Rodovia Dutra até o Arujá.
Em um determinado dia, comprei um pote de sorvete para levar pra casa e o coloquei em uma térmica para que não derretesse pelo caminho.
O que eu não contava era com um grande acidente que parou o trânsito totalmente, e eu dentro do carro, sem poder sair do lugar e com cinco crianças.
Pensei em dar um jeito rapidamente, mas a quantidade de carros e caminhões atrás do meu se tornou imensa e fiquei como muitos, bloqueada totalmente e não havia nada que pudesse ser feito.
O calor do final da tarde era terrível e pernilongos começaram a atacar.
O tempo foi passando e já era noite quando o Daniel disse que estava com fome.
Eu precavida, sempre tinha alguns biscoitos no carro, mas naquele dia a quantidade não foi suficiente para saciar os três, André, Daniel e Juliana.
Ainda havia a Carolina e o Tuco, que eu não havia feito mamadeira porque chegaríamos logo em casa.
Não tive duvida, peguei o pote de sorvete, que aliás estava derretendo, enchi as mamadeiras e com ele alimentei meus bebês.
Chegamos em casa mais ou menos onze horas da noite, o Amauri já havia chegado. Conseguiu escapar do acidente, mas como não tínhamos como nos comunicar, estava muito preocupado.
Passado o sufoco, este acontecimento deu muito assunto entre nós …