Certa tarde eu estava conversando com a Florisa na loja de flores e fiquei surpresa com o que ela relatava, e mais ainda com o convite que me fez.
Contava que uma das amigas estava fazendo um trabalho espiritual na própria casa, e que gostaria que eu fosse com ela assistir a um desses trabalhos.
E minha surpresa tinha fundamento.
Primeiro porque a Florisa não gostava, tinha medo desse tipo de trabalho. Eu não conhecia, mas só de ouvir alguns relatos, também não gostava.
Mas o mais surpreendente para mim, é que essa amiga era “tipo mulher rica”, arrogante, cheia de jóias e parecendo ser melhor que todas as pessoas na terra.
A conversa com a Florisa se estendeu, devido a minha curiosidade ter sido despertada pelo assunto.
Perguntei o que acontecia nos trabalhos da amiga, se tinha toque de tambor, se tinha manifestação igual a que tínhamos visto juntas em um programa de tv?
Enfim, muitas perguntas e a cada resposta menos eu queria ir.
Por fim, fiz um discurso sobre as pessoas que tinham facilidade de serem influenciadas, dos problemas psicológicos que de maneira equivocada, eram interpretados como espirituais.
Interrompemos a conversa, porque uma cliente entrou e queria ser atendida por mim.
E eu conhecia bem a Florisa para saber que em algum momento ela voltaria ao assunto, até porque ela ficara muito curiosa para assistir a amiga em meio a um trabalho espírita e não pretendia ir sozinha, queria ir comigo…