Depois de algum tempo, o Rolando voltou e disse que convidara o Laércio para vir almoçar.
Como ele não dizia nada sobre o que ocorrera, apelei novamente para a Dona Alzira, já que meu coração não agüentava mais de tantas dúvidas. Será que ele não queria mais namorar comigo? Será que viria para oficialmente desmanchar o namoro? Será que por isto não havia honrado o que combinara não indo visitar minha família em Marilia?
Ela novamente atendeu meu pedido, até porque ela também estava curiosa, e enxugando as mãos no avental chamou o Rolando lhe perguntando o que ocorrera, ele rindo disse:
– O sujeito não encontrou o endereço e ficou o dia inteiro na rodoviária esperando o ônibus para voltar.
Compadeci-me do Laércio e meu coração se acalmou um pouco.
O Rolando e o Sr. Remigio saíram rindo e falando ainda do Laércio enquanto eu fui ajudar a preparar o almoço.
Eu havia vestido o Rolandinho com um terninho que a Florisa fizera e que o deixava mais lindo, eu amava aquele menino de maneira inexplicável, logo depois também me vesti com roupa de domingo.
Era meio-dia quando ouvi o motor da moto. Sem pedir permissão corri até o portão onde ele já estava estacionando e meus olhos se encheram de lágrima. Eram lágrimas de saudade e tensão, já que não sabia o que ele estava pensando, afinal eu estava longe a bastante tempo. Tempo demais para mim.
Todas as preocupações se dissiparam quando ele pegou minha mão e disse:
– Não acredito que estou te vendo! Que saudade!
Minha vontade era de abraçá-lo, jogar-me em seus braços como nunca ocorrera. Mas…