Estávamos vivendo a vida intensamente, mas sempre com responsabilidade.
Trabalhávamos, estudávamos, rezávamos e nos divertimos.
A nossa forma alegre de viver, não nos afastava das dificuldades da vida as quais nos são impostas sem pedir licença ou nos preparar, e assim acompanhamos a hepatite da Madalena com a força da nossa fé, mas também com muita tristeza.
Quando ela morreu, atendendo a um pedido dela, a vestimos de branco e colocamos em suas mãos o leque de penas de Angola, que ela havia feito para homenagear Nanã, a grande mãe.
Durante a sua cremação, fizemos o ritual de passagem da Ordem Princípio e Luz, e foi com muita dificuldade que eu disse algumas palavras de despedida, para aquela que fora a primeira yabá da Jeruza.
Apesar da nossa tristeza, soubemos reverenciar com dignidade sua passagem pelas nossas vidas.
Até hoje ela é reverenciada em nossas festas. Desta maneira, ela continua vivendo em nós…