Caminhei através da mata totalmente segura do caminho que estava percorrendo, e foi só quando cheguei ao meu destino, que percebi a Madalena ao meu lado.
No chão as marcas da antiga construção. Era apenas isso o que restara da pequena igreja.
Coloquei a rosa sobre as marcas do alicerce, e percebi a Madalena sentada no chão também em prantos.
Com muita dificuldade saímos daquele estado e daquele lugar.
Já estava escurecendo e fomos caminhando em direção ao que hoje é a cidade de Juazeiro. Caminhávamos em silêncio, quase com receio de macular a grande magia que estávamos vivendo.
Não sei nem explicar como conseguimos chegar ao lugar em que havíamos deixado o carro.
Precisávamos comer e encontrar um lugar para dormir.
Pedimos informações e nos disseram que só encontraríamos hotel do outro lado da ponte, em Petrolina. Sendo assim nos dirigimos para lá.
Ao atravessar a ponte, olhei para a imensidão do Rio São Francisco e fui tomada por uma gratidão enorme pela vida que ele proporcionava.
Chegando em Petrolina encontramos um hotel simples e depois de nos acomodarmos, saímos para comer alguma coisa.
Foi quando nos demos conta de que não havíamos nem pensado em comer durante todo aquele dia, que parecia ter durado por uma eternidade.
Na verdade, nem eu e nem a Madalena nos sentíamos normais.
O normal seria conversarmos sobre os últimos acontecimentos, mas estávamos silenciosas e fomos dormir.
Meu sono foi povoado por imagens e sentimentos confusos, e quando o dia estava amanhecendo eu já estava acordada.
Tomamos café e atravessamos a ponte em direção a Juazeiro.