A Dona Odila era cética, mas o choro desesperado que ouvíamos na casa e a atitude das meninas, fazeram com que se abrisse para a possibilidade de algo sobrenatural estar acontecendo.
Foi ela quem teve a idéia de chamar o padre da paróquia de Arujá para benzer a casa, achei a idéia muito boa e procurei por ele relatando os ocorridos.
Ele aceitou fazer o benzimento e combinamos um dia daquela mesma semana.
No dia combinado ele chegou com seu fusca azul, uma malinha com seus objetos ritualísticos e um grande sorriso no rosto.
Cumprimentou a todos de maneira simpatica, beijou a Juliana e entrou na casa.
A Dona Odila havia preparado uma mesa linda com café, bolo, essas coisas gostosas para um café da tarde.
Ele olhou a mesa posta, fez um gesto de aprovação e disse sorrindo: – Isso será para depois de realizar o trabalho que vim fazer.
Conversamos um pouco explicando novamente o que estava ocorrendo, e ele deu a entender que estávamos sugestionados.
A Dona Odila não discutiu, ela estava convencida dos fenômenos, afinal, ouvirá muitas vezes o choro da mulher e vira as meninas brigando com uma criatura invisível.
Por fim o padre abriu a maleta e me deixou fascinada com seus objetos ritualísticos. A bíblia, a pala de sacerdote, o aspersorio de água benta e o crucifixo de pedras vermelhas…