Já fazia alguns dias que fizera o exame e o João estava ansioso pelo resultado, mas eu sabia que iria demorar mais alguns dias.
Eu havia terminado de tomar banho e com dificuldade por causa da dor, tentava desembaraçar o cabelo.
Ao forçar um pouco mais a escova, minha cabeça afundou.
Meu coração deu um salto e eu soube que o que estava acontecendo comigo era muito sério.
Com cuidado apalpei o amassado da cabeça e o osso voltou ao lugar fazendo um barulho como uma garrafa pet.
Fiquei paralisada por um tempo.
Meu pensamento era – não pode ser no cérebro. Embaixo deste osso que afundou está meu cérebro. Deus, faça com que eu não perca a consciência da vida. Não quero dar trabalho aos meus filhos.
Rezei muito, respirei muito, e fui saber o que teria que fazer.
Não contei o que havia acontecido, entendia a ansiedade do João e a expressão de preocupação no rosto dos meus filhos.
Enfim o exame ficou pronto, peguei o resultado e sem falar com ninguém marquei o retorno da consulta fazendo questão de ir sozinha…