Eu já estava com nove meses de gravidez. Foi quando o médico achou que a melhor opção seria a cesariana, a partir da premissa eu já havia tido dois partos normais.
Assim ele me orientou da seguinte maneira: quando sentisse as primeiras contrações, deveria ir para o hospital e avisa-lo.
Naquela época não era comum marcar cesariana antecipadamente, visto que a primeira opção, sempre era parto normal.
Ao longo das três semanas seguintes fui e voltei do hospital quatro vezes, e nada acontecia.
Diante disso fui ao consultório do médico, que não conseguia entender o que estava acontecendo, já que tanto na conta dele como na minha, os nove meses já haviam se passado. E o bebê não nascia.
Nessa consulta, ele disse que não esperaria mais, e assim marcamos a cesariana para o dia 13 de Setembro as 14 horas.
Como faltava alguns dias para a data, havia ainda a possibilidade de nascer antes, mas isso não aconteceu. Realmente o meu bebê não estava com a mínima vontade de nascer.
Diferente das meninas, foi tudo mais tranquilo. Cheguei ao hospital antes do horário marcado e logo fui levada para os exames pré-operatório, e só depois disso é que a ficha foi preenchida, documentos verificados, enfim, foi feito o procedimento normal nesse processo.
Eu estava muito sonolenta, não dormia bem nos últimos meses, engordara vinte quilos e não conseguia ficar confortável deitada.
A melhor posição era sentada, com travesseiros a minha volta, o que dificultava dormir, logo estava sempre com sono.
Fui levada para a sala de cirurgia e assim que o meu bebê foi retirado adormeci profundamente.
Quando acordei, já estava no quarto, o Amauri estava ao meu lado e disse que era um bebê grande, mas que que não o vira ainda.
Naquela época não existia o cuidado que existe hoje, como deixar o pai assistir ao parto e entregar o bebê para o colo da mãe em seguida.
As pessoas pareciam mais frias e não se incomodavam muito com o sentimento dos pais, pelo menos foi assim que entendi pela experiência vivida em todas as vezes que tive filhos.
Meus três filhos nasceram em hospitais considerados os melhores da época, e até hoje são.
As meninas nasceram no Hospital e Maternidade Santa Joana, e o menino, na Maternidade Pro Matre. Em todos senti o mesmo tipo de tratamento, educado, profissional, mas frio.
Hoje vejo e sinto um tratamento mais amoroso, e tive esse percepção quando estive fazendo visitas a recém nascidos ou mesmo no nascimento dos meus netos.
Talvez nas ocasiões em que meus filhos nasceram, eu estivesse muito carente…
Quando voltamos???? 🙂
Próxima semana estamos de volta!
Ebaaa…. Voltou!